domingo, 5 de abril de 2009

Dilma e a amnésia


De O Globo:A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência, é apontada por um ex-guerrilheiro como uma das integrantes do grupo que, em 1969, planejou o sequestro do então ministro da Fazenda, Delfim Netto.Na edição deste domingo do jornal "Folha de S. Paulo", que já circula na capital paulista, o ex-comandante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), Antônio Roberto Espinosa, atualmente doutorando em Relações Internacionais da USP, diz que Dilma e outros quatro integrantes do grupo concordaram com o sequestro, que não foi executado "porque os principais envolvidos na ação começaram a ser presos semanas antes", diz a reportagem.Tido como o coordenador do grupo, Espinosa foi capturado em 21 de novembro de 1969, no Rio. Um mapa com indicações do sítio onde Delfim seria sequestrado foi encontrado com o grupo, à época. Ao jornal, a ministra negou de forma peremptória que tivesse participado do plano que visava sequestrar Delfim.- Acho que o Espinosa fantasiou essa. Sei lá o que ele fez, eu não me lembro disso, e acho que não compadece com a época, entendeu? Nós acabamos de rachar com um grupo, houve um racha contra a ação armada e vai sequestrar o Delfim? Tem dó de mim (...) Antes era o negócio do cofre do Adhemar, agora vem o Delfim. Ah, tem dó. Todos os dias arranjam uma ação para mim. Agora é o sequestro do Delfim. Ele vai morrer de rir", disse a ministra, dizendo ter feito "negativa peremptória" em relação à acusação de ter planejado o sequestro.via Blog do Noblat


Interessante,ela se lembra de como foi torturada,mas não se lembra do dito sequestro.Fácil selecionar o que se lembra e o que não se lembra,né?Será que ele se lembra do nome dela?Dilma ou Estela , Vanda ou Luísa...Nem se entregou alguém.Até hoje, quando se fala na história das guerrilhas existentes no Brasil, na época do regime militar, o nome do deputado federal e ex-presidente nacional do PT, José Genoíno, é sempre lembrado por ter, supostamente, entregado companheiros. Agora, na próxima edição da revista Piauí, numa matéria totalmente dedicada à ministra-candidata Dilma Rousseff, um ex-companheiro da época da Var-Palmares, diz que, em janeiro de 1970, Vanda (era também o codinome dela) também o teria entregado à polícia. Natanael Barbosa, hoje caminhoneiro, que participara de greves em Osasco, em 1968, tinha alguns encontros secretos com Dilma e, num deles, quando foi encontrar a atual ministra na Lapa, em São Paulo, acabou sendo preso, foi para a Oban e apanhou muito. Natanael, contudo, acredita que Dilma o tenha entregado “porque havia sido muito torturada” e porque ele não tinha muita importância no esquema: “Eu era um simples militante de base”.

Um comentário:

Frodo Balseiro disse...

Flavinha, esse é um caso clássico de memória seletiva!
Por essa razão (os podres da guerrilha) é que eu não acredito que algum dia divulguem os tais "arquivos da repressão".
Os ex-guerrilheiros não querem!
bjs